Porque Humanizar é preciso, todos os pequenos passos são importantes e conduzem à edificação da Paz no mundo.
Depois da reflexão que partiu da leitura de alguns textos que aqui se apresentam, os alunos foram convidados a avaliar a atividade realizada na sala de aula.
Eis algumas fotos dos alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem e do 11.º B!
Assembleia Geral da ONU:
Guterres apela à cooperação, esperança e ação
Setembro 21, 2022, in Público
“O nosso mundo está com grandes problemas” afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no discurso de abertura da Semana de Alto Nível da 77ª Assembleia Geral da ONU. Apelando à necessidade de cooperação, financiamento e ação, Guterres não poupou críticas aos que promovem a desigualdade e chamou a atenção dos problemas que assolam o nosso planeta e ameaçam a sobrevivência das próximas gerações.
Multilateralismo
Mencionando o sucesso da Iniciativa de Cereais do Mar Negro, que além de permitir o transporte de alimentos e fertilizantes da Ucrânia e da Rússia, sublinhou o que as nações podem alcançar se decidirem agir em conjunto. Em tempos de guerra, conseguir um acordo destes pode parecer um milagre, mas na realidade “é a diplomacia multilateral em ação” enfatiza Guterres, explicando que quando há interesse, é possível concretizar as mais difíceis tarefas.
O líder da ONU elencou inúmeros perigos que ameaçam não só a humanidade, mas também o seu desenvolvimento sustentável. Seja o ódio espalhado através das novas tecnologias, a proliferação de desinformação, o terrorismo, a multiplicidade de crises que afetam todos os setores, ou tensões geopolíticas que impedem o progresso em todas estas questões. O secretário-geral António Guterres discursa na abertura da septuagésima sétima sessão do Debate da Assembleia Geral da ONU. Foto ONU/ Cia Pak.
Crise Climática
O secretário-geral salientou também a “nossa batalha suicida contra a natureza”, afirmando que a crise climática é o problema determinante da atualidade e deve ser a prioridade de todos os governos. O diplomata criticou a indústria dos combustíveis fósseis, que prospera e lucra, enquanto os mais vulneráveis e pobres (que menos contribuem para esta crise) sofrem os piores impactos. Guterres destacou esta questão reforçando que “temos de responsabilizar as empresas de combustíveis fósseis e os seus promotores” e que é necessário taxar os lucros destas empresas.
A esta calamidade, o secretário-geral acrescentou ainda a situação do aumento do custo de vida, que inevitavelmente se reflete nas demais crises: atrasa a transição energética, agrava desigualdades, cria obstáculos, ameaça o colapso financeiro. Afirmando que “o sistema financeiro atual foi criado por países ricos para servir os seus interesses”, Guterres referiu o Novo Acordo Global, uma proposta para reequilibrar o poder e os recursos entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.
Tendo em conta que sem cooperação e sem diálogo, não é possível uma resolução conjunta de problemas, Guterres terminou o seu discurso apelando à criação de soluções comuns para problemas comuns, com base na boa vontade, confiança e nos direitos partilhados por cada ser humano.
António Guterres na abertura da septuagésima sétima sessão do Debate da Assembleia Geral da ONU.
Essa paz que nasce da reconciliação com as próprias feridas, escutando a nossa vida interna em vez de a omitir, dando espaço e dignidade às dimensões mais vulneráveis do nosso ser, reconhecendo com humildade a frustração, a violência e a agressividade que também em nós residem. Só assim seremos capazes de compreender e cuidar das feridas que os outros transportam.
José Tolentino de Mendonça
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Excerto do discurso final em “O Grande Ditador” (The Great Dictator)” de Charlie Chaplin, 1940 (português do Brasil)
Todas as Crianças da Terra