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27 outubro 2022

PARAR PARA LER! Dia Nacional das Bibliotecas Escolares

11:24 // by Biblioteca Escolar António Nobre // No comments



    Porque Humanizar é preciso, todos os pequenos passos são importantes e conduzem à edificação da Paz no mundo.

    Depois da reflexão que partiu da leitura de alguns textos que aqui se apresentam, os alunos foram convidados a avaliar a atividade realizada na sala de aula.

    Eis algumas fotos dos alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem e do 11.º B!


Assembleia Geral da ONU:

Guterres apela à cooperação, esperança e ação 

Setembro 21, 2022, in Público 

“O nosso mundo está com grandes problemas” afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no discurso de abertura da Semana de Alto Nível da 77ª Assembleia Geral da ONU. Apelando à necessidade de cooperação, financiamento e ação, Guterres não poupou críticas aos que promovem a desigualdade e chamou a atenção dos problemas que assolam o nosso planeta e ameaçam a sobrevivência das próximas gerações.   

Multilateralismo

Mencionando o sucesso da Iniciativa de Cereais do Mar Negro, que além de permitir o transporte de alimentos e fertilizantes da Ucrânia e da Rússia, sublinhou o que as nações podem alcançar se decidirem agir em conjunto. Em tempos de guerra, conseguir um acordo destes pode parecer um milagre, mas na realidade “é a diplomacia multilateral em ação” enfatiza Guterres, explicando que quando há interesse, é possível concretizar as mais difíceis tarefas.   

O líder da ONU elencou inúmeros perigos que ameaçam não só a humanidade, mas também o seu desenvolvimento sustentável. Seja o ódio espalhado através das novas tecnologias, a proliferação de desinformação, o terrorismo, a multiplicidade de crises que afetam todos os setores, ou tensões geopolíticas que impedem o progresso em todas estas questões.   O secretário-geral António Guterres discursa na abertura da septuagésima sétima sessão do Debate da Assembleia Geral da ONU. Foto ONU/ Cia Pak.

Crise Climática

O secretário-geral salientou também a “nossa batalha suicida contra a natureza”, afirmando que a crise climática é o problema determinante da atualidade e deve ser a prioridade de todos os governos. O diplomata criticou a indústria dos combustíveis fósseis, que prospera e lucra, enquanto os mais vulneráveis e pobres (que menos contribuem para esta crise) sofrem os piores impactos. Guterres destacou esta questão reforçando que “temos de responsabilizar as empresas de combustíveis fósseis e os seus promotores” e que é necessário taxar os lucros destas empresas.   

 A esta calamidade, o secretário-geral acrescentou ainda a situação do aumento do custo de vida, que inevitavelmente se reflete nas demais crises: atrasa a transição energética, agrava desigualdades, cria obstáculos, ameaça o colapso financeiro. Afirmando que “o sistema financeiro atual foi criado por países ricos para servir os seus interesses”, Guterres referiu o Novo Acordo Global, uma proposta para reequilibrar o poder e os recursos entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.  

Tendo em conta que sem cooperação e sem diálogo, não é possível uma resolução conjunta de problemas, Guterres terminou o seu discurso apelando à criação de soluções comuns para problemas comuns, com base na boa vontade, confiança e nos direitos partilhados por cada ser humano.   

António Guterres na abertura da septuagésima sétima sessão do Debate da Assembleia Geral da ONU. 


Essa paz que nasce da reconciliação com as próprias feridas, escutando a nossa vida interna em vez de a omitir, dando espaço e dignidade às dimensões mais vulneráveis do nosso ser, reconhecendo com humildade a frustração, a violência e a agressividade que também em nós residem. Só assim seremos capazes de compreender e cuidar das feridas que os outros transportam.

                                                                                                                                    José Tolentino de Mendonça


Pratique diariamente o silêncio da paz. Respire profundamente algumas vezes. Inspire e sopre lentamente até ir relaxando e mergulhando dentro de si mesmo. Feche os olhos e silencie os seus medos, preocupações e ansiedades diárias, por alguns momentos. 

Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo (…)
Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.

                                                                                                                                                        Mahatma Gandhi


Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

 

Excerto do discurso final em “O Grande Ditador” (The Great Dictator)” de Charlie Chaplin, 1940 (português do Brasil)


Todas as Crianças da Terra


Um capacete de guerra tem um ar carrancudo.
Muito mais bela é uma flor.
Uma flor tem tudo
para falar de paz e de amor.

Mas se virarmos o capacete de guerra
ele será um vaso, e é bem capaz
de ter uma flor num pouco de terra
e falar de amor e de paz.

A paz é uma pomba que voa.
É um casal de namorados.
São os pardais de Lisboa
que fazem ninho nos telhados.

E é o riacho de mansinho
que saltita nas pedras morenas
e toda calma do caminho
com árvores altas e serenas.

A paz é o livro que ensina.
É uma vela em alto mar
e é o cabelo da menina
que o vento conseguiu soltar.

E é o trabalho, o pão, a mesa,
a seara de trigo ou de milho,
e perto da lâmpada acesa
a mãe que embala seu filho.

A paz é quando um canhão
muito feio e de poucas falas,
sente bater um coração
e dispara cravos, em vez de balas.

E é o abraço que dás
no dia em que tu partires,
e as gotas de chuva da paz
no balanço do arco-íris.

A paz é a família inteira
na alegria do lar,
bem juntinho a lareira
quando o inverno chegar.

A paz é a onda redonda
que da praia tem saudades
e muito mais do que a onda
a paz é a vida sem grades.

A paz são aquelas abelhas
que nos dão favos de mel
e todas as papoulas vermelhas
que eu desenho no papel.

Ventoinha, ventarola,
Moinho que faz farinha,
Meninos que vão à escola,
A paz é tua e é minha.

É luar de lua cheia
tocando as casas e a rua,
são conchas, búzios na areia,
a paz é minha e é tua.

É o povo todo unido,
no mundo, de norte a sul,
e é um balão colorido
subindo no céu azul.

A paz é o oposto da guerra,
é o sol, são as madrugadas,
e todas as crianças da terra
de mãos dadas, de mãos dadas,
de mãos dadas.

Sidónio Muralha

18 outubro 2022

Projeto Humaniza+Ação - Escola Feliz - Criadores do Futuro

12:36 // by Biblioteca Escolar António Nobre // No comments

 


    Ao pensar na comunidade educativa, as iniciativas, imbuídas pelo espírito da
"Humaniza+ação", colocam, cada vez mais, as pessoas e os valores universais no 
centro da escola, favorecendo a dimensão do "ser" e do "estar" como vetores cruciais
no exercício da construção de uma cidadania democrática, ativa, autónoma e
corresponsável.

    A Humanização pretende reforçar o trabalho colaborativo, valorizando a importância
da escola melhorar as suas metodologias de ação e potenciar, essencialmente, o
trabalho em equipa, com o fito de promover a construção integrada dos saberes (com
recurso a aprendizagens ativas numa perspetiva transdisciplinar).

    Assim, este ano letivo, através da "Humaniza+ação IV", reforçamos parcerias internas
e externas, apresentando, mais uma vez, uma proposta dinâmica de ações sobre
temas da atualidade (formato palestras/comunidades de leitores/planos de ação -
atividades práticas no domínio da educação para a cidadania) que, na rota de um
futuro mais auspicioso para toda a Humanidade, procuram encontrar soluções para a
criação de um mundo melhor.



Participe!
Consulte o cronograma das palestras!


Ano letivo 2022-2023 Cronograma das Palestras Multidisciplinares

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2022

12:25 // by Biblioteca Escolar António Nobre // No comments

 

Annie Ernaux



"Receber o Prémio Nobel significa, para mim, responsabildade em continuar e em estar aberta ao curso do mundo, atenta a um desejo de paz que me guiou sempre. E falando da minha condição enquanto mulher, não me parece que nós, mulheres, tenhamos liberdades e poderes iguais (aos dos homens)".


   Autora de mais de 30 trabalhos literários, Ernaux nasceu em 1940, a 1 de setembro de 1940, em Lillebonne, uma pequena aldeia na região da Normandia, no norte de França. O seu caminho até à carreira literária “foi longo e difícil”, salientou a Academia Sueca.

    Na sua obra, que tem como principal inspiração a sua própria vida, Annie Ernaux “examina, consistentemente e de diferentes ângulos, a vida marcada por fortes disparidades em relação ao género, língua e classe”. Escrever é, para a autora, um ato político, que serve para abrir os olhos dos leitorespara a "desigualdade social".