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17 maio 2022

VISITA ESTUDO A LISBOA

09:24 // by Biblioteca Escolar António Nobre // No comments

 


    “Uma cidade é (eu é que sei!) mais do que ruas, casas, pessoas. É uma roupa interior que nos veste por dentro, uma pele imemorial, um corpo à desmesurada medida do nosso corpo. […] Provavelmente todas as cidades o são; mas só esta me pertence deste modo.”. É assim que Manuel António Pina fala da cidade do Porto, em Porto, Modo de Dizer (Manuel António Pina e Jaime Isidoro. 2003. Asa Editores, Lda.).

    Foi partindo deste mote que se organizou a visita de estudo, na perspetiva de proporcionar a todos os envolvidos a possibilidade de sentir como Lisboa, cidade onde “o mar acaba e a terra principia”, nas palavras de Luís de Camões, foi o espaço privilegiado para muitos escritores que dela se apropriaram. 

    Com o roteiro criado, pretendemos percecionar melhor o espaço desta cidade e apreender a importância de alguns dos seus espaços que se tornaram simbólicos e cenários de vivências especiais que associam o real ao ficcional, desejando, simultaneamente, que a Lisboa que hoje se nos apresenta e cujas ruas calcorrearmos fossem “uma roupa interior que nos veste por dentro”, permitindo-nos viver realmente algumas das emoções que um verdadeiro exercício de leitura sempre proporciona.

    Assim, e porque são locais muitas vezes evocados a propósito de Luís de Camões, deambulamos pela cidade visitando lugares que dão sentido a alguns aspetos da sua obra, mas que são também referências importantes em Os Lusíadas.

    Quase cinco séculos depois da sua morte, revisitamos alguns dos lugares por onde Luís de Camões terá passado e muitos outros que prestam homenagem àquele que para muitos é considerado o maior poeta português de todos os tempos. Vimos a casa da Calçada de Santana onde, supostamente, o poeta morreu a 10 de junho de 1580, o local da Cadeia Municipal do Tronco, onde hoje existe um painel de azulejos, da autoria de Leonel Moura, para assinalar a passagem do poeta por esta prisão, a Praça Luís de Camões e a zona de Belém (Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém e Mosteiro dos Jerónimos).

    Mas Lisboa não é só passado. É também presente e é futuro. E, por isso, visitamos, igualmente, um espaço emblemático da cidade de hoje: o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.








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