Outubro: Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
Outubro: Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
A Escola
Escola é…
o lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos…
Escola é, sobretudo, gente.
Gente que trabalha,
que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
o coordenador é gente,
o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um se comporte
como colega, amigo, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, e se amarrar “nela”.
Ora, é lógico…
numa escola assim
vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se, ser feliz.
Paulo Freire (educador, 1921-1997)
Porque a ligação continua...
Todos os anos os vemos partir, voar para realizarem sonhos mais altos, mas a ligação com a ESBN e os seus professores continua... São "raízes" que se alimentam nesta «Escola de afetos».
Aqui ficam dois textos enviados pelo Diogo Carvalho Barroso Alves, agora aluno do ensino superior.
Não há quem saiba dizer
Como pode haver um ser
Que usa a mão de escrever
Para empunhar uma navalha,
Como pode alguém saber ler,
Da nossa História conhecer,
Mas, buscando grande poder,
entrar no campo de batalha,
Não há quem consiga entender
O quão profundo é o “temer”
Que mantemos pelo “morrer”,
E se há um deus que nos valha.
Mas eu asseguro um dever
Que cada um deve manter:
Usar poemas para suster
A esperança, se esta falha.
Só palavras podem mover,
Motivar, lutar, esmorecer,
Opor-se à compra do sofrer,
Prezando quem por paz trabalha.
Agora, irmão, deves escolher:
Vais atacar ou defender
O reino do humano saber,
És o canhão ou a muralha?
Sei que um dia olharemos
Para o passado com lágrimas
Nos olhos (dos quais já não veremos):
Lembrar a infância leva a
Lembrar que envelhecemos.
Todo este arrependimento
Que a mente tem trazido
Provém de cada momento
Improveitado e preterido
De velhos amigos que já não temos:
Lembrar o passado leva a
Lembrar o que perdemos.
Quando o tempo era em dias
E não memórias,
Quando as ruas eram vias
E não histórias,
Histórias em que sorrimos e sofremos:
Lembrar a vida leva a
Lembrar que morreremos.